Uma Bóia para Lula


Artigo no Alerta Total – alertatotal
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net

Um pequeno e próspero empreiteiro de obras, que tem talento para cantor sertanejo e não ingere uma gota de álcool, aproveitou a festa de revellion em um hotel na Costa do Sol para contar causos curiosos de sua vida. Um deles foi a experiência dramática com uma imensa bóia de câmara de ar de trator, durante um fim de semana com amigos de praia. O relato serviria de alegoria sobre a conjuntura político-econômica do Brasil Capimunista, sob gestão da turma da Republiqueta Sindicalista e seus parceiros no Governo do Crime Organizado.

O empreiteiro, que não sabia nadar, sentiu uma aguda dor de barriga. Sua solução imediatista foi pular para o centro da grande bóia, baixar o calção e se aliviar no azul do mar. O incauto poluidor só não imaginava o efeito colateral de sua decisão. A bosta liberada – resultado da liquefação de uma feijoada – veio totalmente à tona. Formou uma ilha dentro da imensa roda. O negócio fedeu mais ainda porque os companheiros do desarranjado resolveram, de repente, tomar o flutuante de assalto. No desespero, diante da conjuntura escatológica, todos jogaram a culpa no cabra. Na prática, pelo vexame passado, a reputação dele quase afundou no mar de sujeira.

Se Luiz Inácio Lula da Silva contasse essa mesma história – eventualmente se passada com ele – seríamos forçados a ficar com pena da vexatória situação dele. Lula é hoje um político que precisa de uma bóia de gigante, para não morrer afogado no oceano de imundices em volta dele e do seu governo que ainda não terminou. A Operação Porto Seguro da Polícia Federal revelou as relações intestinas de Lula com grandes esquemas de corrupção coordenados por sua melhor amiga e apadrinhada Rosemary Nóvoa Noronha, junto com os Irmãos Vieira (que bem poderiam ser personagens da banda maldosa-trapalhona de Walt Disney).

A revista Veja lança novas revelações bostejantes dentro da grande bóia do companheiro de Rose. Informações da agenda da “segunda-dama”, apreendida pela Polícia Federal, vêm à tona com mais fedor que a caganeira relatada no começo deste escatológico artigo. Já ficou confirmado que Rose intermediava pleitos do Banco do Brasil junto ao então Presidente Lula. O ex-vice-presidente do BB, Ricardo Oliveira, confirmou que “Rose levava as demandas instituição do banco para presidente”. Indiciada pelos crimes de formação de quadrilha, tráfico de influência e corrupção passiva, Rose teve 39 reuniões com ocupantes de altos cargos do BB, entre os anos de 2007 e 2010.

Salvo milagrosamente de ligação direta com o Mensalão, será muito difícil dissociar Lula do Rosegate – pela intimidade pública entre ambos. Pouco importa se ela era amante ou não de Lula (como insinuam amigos e inimigos do ex-Presidente). O fato objetivo é que Rose era secretária do gabinete presidencial em São Paulo e assessora de total confiança de Lula – que a apadrinhou na gestão Dilma Rousseff. Rose cuidava de assuntos importantes com Lula. Logo, se ela estava envolvida em maracutaias (como indica o inquérito da Operação Porto Seguro), fica impossível salvar Lula no meio da bóia de corrupção.

Lula não é santo, mas opera milagres. A maior parte da mídia – amestrada pelas verbas de publicidade oficial e por jogos de pressão nos bastidores – vinha silenciando sobre o Rosegate. A Veja voltou a mexer na privada relação de Lula com sua melhor amiga e super-assessora. O negócio continuará fedendo, embora o PT patrocine toda uma ação psicológica para tentar diminuir os danos contra a sagrada imagem de Lula – que continua bem na fita, principalmente entre os desinformados ou deformados pela opinião petralha. Nas redes sociais e entre os segmentos esclarecidos da sociedade brasileira, o filme de Lula está queimado. Na internet, ele é mais que filho do Brasil...

Apesar das denúncias, a blindagem de Lula só cairá se houver agravamento dos problemas na gestão da economia. O timoneiro dele e dos grandes negócios petistas, o ministro Guido Mantega, sofre do mesmo desarranjo intestinal do rapaz da grande bóia. Investidores internacionais (principalmente os contrariados com os prejuízos gerados pelas ordens de Mantega na Petrobrás e na Eletrobrás) cada vez vociferam mais alto contra o Ministro da Fazenda que já está na roça (como se diz na gíria caipira). Atirar em Mantega significa atingir Lula mortalmente. O tiroteio tende a se intensificar nos próximos dias.

O cagaço é geral. Ainda mais com a recente denúncia feita pelo deputado federal Miro Teixeira de que existe uma rede de escutas ilegais contra membros do governo Dilma Rousseff e grandes empresários que fazem negócios com a máquina federal. O que ninguém está revelando é que a arapongagem é promovida por empresas transnacionais de segurança e inteligência. Elas são contratadas pelos maiores investidores internacionais que estão com interesses de negócios contrariados pela petralhada. Os prejudicados ou lesados sabem dar o troco em quem os prejudica. Usando formas legais ou ilegais. O jogo de poder econômico não tem regras limpas em seus bastidores.

Imagina se os arapongas transnacionais revelarem que a Doutora Rose torrou R$ 9 mil em compras no luxuoso Shopping Iguatemi, em São Paulo, nas vésperas do Natal deste ano, como se nada tivesse acontecido e a vida estivesse mais que bela para ela?

O negócio para Lula é se agarrar na bóia. Mas é preciso tomar cuidado porque muita cagada já foi e ainda está por ser feita por aqueles que perderam completamente a noção de como se portar na vida pública – sem imitar o que se faz na privada...

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Como colocar ordem no progresso?

REINALDO GARCIA, PRESIDENTE, CEO DA GE PARA A , AMÉRICA LATINA - O Estado de S.Paulo
O Brasil tem sido frequentemente condenado por seus "gargalos" em infraestrutura. Estive fora do País por trinta anos, mas acompanhei o avanço sociopolítico da nação e o ganho de prestígio internacional. Retornei em 2011 e, obviamente, me deparei com outro Brasil, onde o crescimento econômico gerou os desafios atuais, que precisam ser superados para permitir nova evolução da indústria e da sociedade brasileira.

De acordo com o último Censo Demográfico do IBGE, o Brasil é o quinto país mais populoso do mundo, atrás de China, Índia, EUA e Indonésia. O salto populacional desde 1970, de 90 para 190 milhões de brasileiros em 2012, ampliou o poder da indústria e permitiu a evolução da classe média, hoje fundamental para a sustentação da economia. Para 2050, devemos ser mais de 250 milhões brasileiros, segundo projeção do Censo.

Esse indicador populacional é um alerta. Mais pessoas representam mais alimentos, mais energia, mais transporte, mais serviços de saúde e mais infraestrutura. Para garantir o aumento sustentável da produção industrial, o desenvolvimento dos mercados e o suprimento da crescente demanda em diferentes setores, é preciso mais do que planejamento e investimento envolvendo o poder público e atores da iniciativa privada.

Usando a experiência brasileira como exemplo de aprendizado, na década de 1950, ocorreu uma grande mudança na geografia do País, com o investimento no modelo rodoviário, que possibilitou conectar diferentes Estados com o intuito de ampliar o comércio intra-estado e internacional. Um movimento benéfico, mas que não poderia ter acontecido de maneira isolada.

Ainda apoiado na história do que ocorreu com o Brasil de 1950, sabe-se que os investimentos para viabilizar a expansão das estradas foram de responsabilidade do governo. O Projeto de Lei Orçamentária divulgado pelo ministério da Fazenda em agosto de 2012 prevê investimentos de R$ 186,9 bilhões para 2013, um aumento de 9% sobre o ano anterior. Uma projeção do BNDES, divulgada em 2012, aponta que o País receberá US$ 850 bilhões de investimentos da iniciativa privada, até 2014, para aplicação na indústria, pesquisa e inovação. Cultivar esta parceria é outro aprendizado importante que tem sido ampliado, com benefícios para ambos os lados.

Quais são os próximos passos? Em novembro passado, durante o +Brasil, evento realizado em São Paulo, governo, iniciativa privada e academia discutiram o trabalho para alavancar o crescimento sustentável que possibilite a expansão dos principais indicadores econômicos e sociais do País, sanando os entraves que impedem o avanço constante e ordenado. A principal conclusão é que o planejamento precisa ser realizado mutuamente, tanto pelo governo como pela iniciativa privada.

No cenário mundial, uma rápida imersão no êxito da Coreia do Sul mostra como a infraestrutura pode sustentar o desenvolvimento. O avanço econômico, que fez o PIB per capita saltar de US$ 100 em 1963 para mais de US$ 31 mil por habitante em 2011, segundo o Fundo Monetário Internacional, possibilitou criar uma rede de transportes avançada e de alta tecnologia que cruza todo o território nacional. Investimentos em educação resultaram na presença de aproximadamente 89% das pessoas no terceiro grau. E com isso, permitiram o reabastecimento de talentos no mercado de trabalho.

Ao lado de programas do governo para enaltecer a pesquisa, os aportes em educação foram o principal combustível para permitir que as gigantes da indústria coreana ultrapassassem concorrentes japonesas na liderança da tecnologia da informação. E apesar de ser uma nação com ampla capacidade de geração energética instalada, anunciou um plano para investir US$ 36 bilhões entre 2011 e 2015 para o desenvolvimento de fontes renováveis de energia, para crescer com exportações de energia limpa.

Os desafios do Brasil decorrentes de carências em infraestrutura e outros setores não apenas persistem como representam entraves para um país com grandes ambições. As primeiras projeções oficiais para 2013, divulgadas pelo Banco Central em 18 de dezembro, apontam melhora na economia, mas continuidade das exportações em ritmo reduzido. Esse termômetro reforça a importância de se planejar um Brasil com o governo e iniciativa privada caminhando juntos, investindo continuamente e localmente em soluções inovadoras para os desafios, para aumentar o potencial do mercado interno como sustentação da economia e possibilitar uma melhora significativa das exportações. Pensar na evolução do Brasil com o crescimento de toda a sociedade brasileira, a exemplo do avanço na Coreia do Sul, pode ser determinante para que 2013 seja o começo de um capítulo ainda mais promissor para o País.Fonte: estadao.com.br

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A reforma do Poder Legislativo

Impressiona muito o contraste na atitude assumida, no final de ano, pelos congressistas norte-americanos e os brasileiros. Lá, os parlamentares se dispuseram a trabalhar, ininterruptamente, no mês de dezembro, inclusive no dia 31, e em 1.º de janeiro para encontrar uma saída para o que foi chamado de abismo fiscal (fiscal cliff), cuja consumação, a partir de janeiro, teria repercussões severas sobre o nível da atividade econômica mundial. Ainda que não se tenha logrado uma solução definitiva para a complexa combinação de corte de gastos e de impostos, o episódio valoriza a capacidade de negociação entre o Executivo e o Legislativo daquele país, sob a égide do consagrado princípio da harmonia e independência dos poderes.

Aqui, depois do prolongado recesso oficioso decorrente das eleições municipais, os senadores e deputados optaram por desfrutar das tradicionais férias de fim de ano, que se prolongam até o início de fevereiro, sem que deliberassem, dentre inúmeras matérias relevantes, sobre o Orçamento para 2013 e os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – malgrado todos saberem que os recursos desse fundo constituem fonte indispensável para financiamento dos gastos da esmagadora maioria dos Estados.

O que houve com o Congresso Nacional? Decidiu abdicar do exercício de suas funções constitucionais? Mesmo em épocas difíceis, como no segundo governo de Getúlio Vargas e nos governos militares pós-64, o Congresso jamais renunciou às suas responsabilidades. Ainda que desfalcado pela cassação de ilustres membros, novas gerações de parlamentares mantiveram o legado de combatividade, exercendo honradamente a atividade política na sua expressão mais nobre. Paradoxalmente, a abertura democrática, que sucedeu os governos militares, e a Constituição de 1988 concorreram, francamente, para o enfraquecimento da atividade parlamentar.

Em 1985, as novas bases de apoio governamental promoveram uma assustadora fúria fisiológica, privilegiando-se a filiação partidária em detrimento da habilitação técnica. Perdeu-se a compostura. A cobiça atingiu limites escandalosos, levando à criação de tantos cargos quantos fossem necessários para saciar a sede fisiológica. A Constituição de 1988 introduziu institutos concebidos para uma pretensão de governo parlamentarista. Prevalecendo a tese presidencialista, esses mesmos institutos se converteram em armas contra o próprio Parlamento, a exemplo das medidas provisórias com força de lei.

O mais grave é que, com o passar do tempo, elas aumentaram sua toxicidade política, sendo utilizadas para tudo, desde a alteração do Orçamento e das leis de diretrizes orçamentárias até a majoração de tributos, daí passando para verdadeiras colchas de retalho, recheadas pelos “contrabandos” dos projetos de lei de conversão. O novo regime, introduzido pela Emenda Constitucional n.º 32, de2001, estabelecendo o travamento das pautas legislativas até a votação das medidas provisórias editadas, infelizmente ser-viu apenas para paralisar de vez a atividade legislativa.

Até mesmo a exigência constitucional de prévio exame dos requisitos de relevância e urgência foi afastada por uma manobra regimental, repudiada recentemente pelo STF. Consolidou-se, dessa forma, a transferência da capacidade de legislar para o Poder Executivo, que dispõe ainda do recurso ao veto, que pode fulminar as parcas proposições do Legislativo. Não bastasse a exigência de quórum qualificado para sua derrubada, na prática, só remotamente os vetos são apreciados. É espantoso constatar que existem mais 3 mil vetos na fila há mais de 12 anos, a despeito de a Constituição prescrever prazo de 30 dias para sua apreciação pelo Congresso.

Tudo isso estimulou, também, a preguiça. O Congresso perdeu o gosto pela produção de leis,propiciando, inclusive, um crescente ativismo do Poder Judiciário para suprir a mora legislativa. O poder de fiscalização do Congresso foi garroteado pelo boicote à convocação de autoridades e pela farsa das CPIs, a pequenadas pela maior capacidade investigatória dos órgãos especializados e pelo silêncio dos investigados, com base em direito sufragado pela Constituição.

O que sobra para o Congresso? Elevar verbas de representação, indicar apaniguados para funções públicas, cumprir os formalismos para aprovação de indicados para os cargos de ministros de tribunais, embaixadores e diretores de agências e, por fim, fazer o jogo das emendas parlamentares – fonte inesgotável da corrupção política. Eventualmente, escutam-se protestos. Os brasileiros cultivam grande apreço por reformas. Elas satisfazem o desejo de mudar e têm tamanha indeterminação que atendem a todas as vontades. A imprecisão do ânimo reformista não significa, contudo, negação dos problemas. A reforma política, por exemplo, deveria ultrapassar a dimensão eleitoral e incluir a reforma do Legislativo. Trata-se,entretanto, de tarefa difícil, pois requer o concurso de estadistas.
EVERARDO, MACIEL, CONSULTOR TRIBUTÁRIO, FOI, SECRETÁRIO DA RECEITA, FEDERAL (1995-2002), EVERARDO, MACIEL, CONSULTOR TRIBUTÁRIO, FOI, SECRETÁRIO DA RECEITA, FEDERAL (1995-2002) - O Estado de S.Paulo
FONTE: estadao.com.br

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