“Colarinhos-Sangrentos” - Bem apropriado, assassinos de mãos limpas!

Os “Colarinhos-Sangrentos”
Existem “serial killers” e existem “mass murderers”.
Assassinos em série e assassinos de massa.
E existem os corruptos que roubam o dinheiro do Estado, chamados “colarinhos-brancos”.
Serial killers são horrendas deformações dessa obra magnífica que é a mente
humana.
Quando descobertos, e presos, julgados, condenados, geralmente sabe-se a extensão de seus crimes, quantas pessoas mataram, como, onde.
Se tudo corre bem, encerram-se suas trajetórias macabras.
Ed Gein, Ted Bundy ou o Maníaco do Parque, Francisco Pereira, são exemplos.
Assassinos de massa são bombas psíquicas que explodem em raiva e loucura e
massacram inocentes – como Anders Breivik, o norueguês fascista, ou os garotos de
Columbine ou Charles Whitman, o atirador da torre de Austin.
Seus efeitos maléficos também são mensuráveis e limitados.
A terceira categoria, os “colarinhos-brancos” são uma espécie de cônjuge infiel
desta cônjuge complacente que é a sociedade.
Essa terceira categoria criminosa arma trampolinagens, falcatruas, mutretas,
golpes. Frauda, burla, desvia, suborna e é subornada. Tudo com dinheiro público.
Quando exposta, os nomes que nela se encaixam borram capas de jornais e sujam
horários nobres de rádio e televisão durante certo tempo.
Depois, brandamente, os mesmos nomes vão se reintegrando à vida nacional.
Seus “feitos” vão sendo esquecidos.
Nem buscam a sombra: voltam à vida nacional pública, alguns são mesmo eleitos ou reeleitos, outros integram ou orbitam órgãos oficiais.
Voltam com ar desafiador ou ar comovente (ou ambos) de injustiçados.
Põem a culpa na imprensa e pedem controle sobre ela.
E a sociedade, cônjuge complacente, perdoa e aceita.
Os “colarinhos-brancos” deveriam ser chamados de “colarinhos-sangrentos”.
O que fazem, sem sujar – literalmente, claro – as mãos, resulta nas mortes de dezenas, centenas, milhares, ou dezenas ou centenas ou milhares de milhares de brasileiros.
São mais que “serial killers” e “mass murderers”.
São genocidas.
Cada centavo que roubam dentro da estrutura do Estado vai resultar na falta do
remédio que dona Fulana esperará e não receberá, lá na ponta, na fila do atendimento
público, a tempo de salvar sua vida.

Fonte: ZH | 04 de setembro de 2011 | N° 16815
PAULO SANT’ANA | CYRO S. MARTINS Fº - INTERINO


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Era Lula, a mais corrupta da história deste País!

Ao apontar desvios nos Transportes, CGU mostra que a era Lula foi a mais corrupta da história nacional
Tiro no pé – Atendendo a pedido da presidente Dilma Vana Rousseff, a Controladoria-Geral da União realizou um pente fino nas contas e contratos do Ministério dos Transportes, depois do escândalo que culminou com a demissão do então ministro Alfredo Nascimento e outras dezenas de servidores ligados à pasta. A CGU encontrou 66 irregularidades, que juntas somam R$ 658 milhões. Essa fortuna foi desviada através de aditivos contratuais acima dos percentuais permitidos por lei e projetos muito aquém das necessidades do Estado. O relatório da CGU traz em seus escaninhos três temas que merecem atenção. O primeiro deles é a necessidade de uma faxina profunda e completa na Esplanada dos Ministérios, algo que Dilma Rousseff desistiu de fazer como forma de manter minimamente intacta a chamada base aliada. Do contrário, a presidente seria obrigada a avançar com a limpeza em pastas comandadas pelo PMDB, maior partido da base de sustentação do governo. Fora isso, a assepsia palaciana acabaria atingindo os ministros Paulo Bernardo da Silva, das Comunicações, e Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil. O segundo tema a ser considerado é a situação do Partido da República, partido presidido por Alfredo Nascimento e que na partilha de cargos em troca de apoio tinha direito ao Ministério dos Transportes. Depois de o PR anunciar sua saída da base aliada, a presidente Dilma despachou a ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais, para novamente atrair o PR para a base aliada. E a conversa foi iniciada com ninguém menos que Valdemar Costa Neto, deputado federal pelo PR de São Paulo e considerado como o dono da legenda. O terceiro assunto é o mais complicado na seara do Partido dos Trabalhadores. A gastança criminosa e desnecessária no Ministério dos Transportes não ocorreu em apenas oito meses do governo de Dilma Rousseff. Trata-se de algo que ocorreu durante longos anos e com a conivência do então presidente Luiz Inácio da Silva, protagonista do período mais corrupto da história política nacional. Como ninguém dentro do PT ousa questionar Lula da Silva, a sujeira da corrupção deve ser varrida para debaixo da alcatifa palaciana, como se nada tivesse ocorrido. Assim, Dilma deixará escapar a grande chance de passar para a história, como a responsável para reduzir substancialmente a corrupção no País.

Fonte: UCHO.INFO

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Voto Distrital - Vamos divulgar esta iniciativa!

Como aumentar o peso do seu voto

O voto distrital aproxima o eleitor do seu representante no Congresso, melhora a fiscalização sobre os deputados e diminui a corrupção.

O modelo brasileiro de votação para a Câmara dos Deputados faz duas vítimas a cada pleito: a lógica e o eleitor. A lógica, porque regras obtusas permitem, por exemplo, que votos dados a um candidato sejam usados para eleger outro. O eleitor, porque a ineficiência do processo faz com que, semanas depois de ir às urnas, ele mal se lembre de em quem votou. A fim de corrigir essas distorções, um grupo de empresários e estudantes de São Paulo está propondo a adoção do voto distrital no Brasil. O modelo parte da divisão do país em distritos (no caso do Brasil, 513 – o mesmo número de cadeiras na Câmara), que elegeriam, cada um, o seu representante. Os organizadores do movimento "Eu voto distrital" prepararam uma série de simulações sobre como seria o Brasil sob esse novo modelo. Uma delas revela que, se o sistema já estivesse em vigor em 2010, o partido que mais perderia com ele seria o PT – o que explica o fato de a sigla ser, desde já, inimiga número 1 da proposta. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz dez motivos pelos quais essa ideia merece o seu apoio. Entre eles estão o barateamento das campanhas, o fim do efeito Tiririca, o enfraquecimento das oligarquias e a diminuição da corrupção. Se ao final da reportagem você também ficar convencido de que o distrital é a melhor opção para o país, basta clicar aqui para assinar a petição que será enviada aos parlamentares em Brasília, propondo a mudança.

Fonte: Veja

Dilma Rousseff defende imposto para a saúde e prova que Lula é um adepto incorrigível da mentira

Nariz comprido – Querendo se distanciar da pífia e meteórica faxina na Esplanada dos Ministérios, marcado por escândalos de corrupção e outros quetais, a presidenteDilma Vana Rousseff resolvi soltar a voz e tratar de temas que dominaram a pauta política da semana. Um desses assuntos é o financiamento da saúde pública. Com o Palácio do Planalto aterrorizado diante da possibilidade de o Congresso Nacional aprovar a Emenda 29, Dilma agora discursa favoravelmente à criação de um novo imposto para financiar o setor.

A presidente diz ser contra a recriação da malfadada CPMF, mas explica que nada será feito no setor da saúde sem investimentos. E para tal é preciso buscar uma fonte de financiamento. Em entrevista concedida na quinta-feira (1), Dilma disse que quem afirma que resolve os problemas da saúde sem dinheiro é "demagogo, mente para o povo".

Pois bem, Dilma Rousseff está certa ao fazer tal afirmação, mas o seu antecessor e mentor eleitoral, o messiânico Luiz Inácio da Silva, disse exatamente o contrário. Em meados de 2006, quando se preparava para a campanha pela reeleição, Lula, em mais um de seus discursos proféticos e mentirosos, afirmou, sem medo de errar, que a saúde pública no Brasil estava a um passo da perfeição.

Passados alguns anos daquela fatídica declaração, nada mudou na área da saúde. E se alguma mudança existiu, certamente foi para pior. O governo federal está aparelhado pelos "companheiros" petistas e loteado entre os integrantes da chamada base aliada, o que faz com que o escoadouro de dinheiro público seja crescente e incontrolável. E qualquer mudança na saúde só acontecerá com dinheiro novo ou corte de gastos, algo que o Planalto deixou parar no campo das promessas.

O mais interessante nessa história toda é que Dilma Rousseff, que foi apresentada ao eleitorado como uma garantia de continuidade das conquistas (sic) da era Lula da Silva, conseguiu provar que seu antecessor é uma tremenda ode à mentira, para não dizer que ele é a mitomania ambulante. Fonte: UCHO.INFO

RECADO AOS PORCOS: “NÃO, VOCÊS NÃO PODEM!”

Eles acham que podem tudo. E é nosso dever moral, ético, político, humano, dizer-lhes que não. É nosso dever de pais, de filhos, de professores, de alunos, de trabalhadores, de empresários, de leitores, de jornalistas. É nosso dever! Dos homens e das mulheres livres!

Se militantes políticos, mas cidadãos como quaisquer um de nós, eles podem fazer tudo o que não está proibido em lei — ou arcar com as conseqüências da transgressão. Se funcionários do Estado, podem fazer apenas o que a lei lhes permite. Num caso e noutro, é preciso que lhes coloquemos freios. Não são os donos do poder, mas seus ocupantes. E têm de dançar conforme a música da democracia e do estado de direito. Mas eles estão mal acostumados.

Porque o método da mentira deu certo uma vez, eles repetiram a dose. Porque deu certo outra vez, eles insistiram. Agora estão empenhados em transformar o engodo e a trapaça numa categoria de pensamento, num fundamento, num — e isso é o mais pateticamente ridículo — ato de resistência. Têm de ser relatados. Têm de ser denunciados. Têm de ser combatidos onde quer que se manifestem com seu falso exclusivismo ético, com sua combatividade interesseira; com suas duas morais: a que usam para incensar os crimes de seus pares e a que usam para crimininalizar a decência de homens de bem.

Criminalizaram a Lei de Responsabilidade Fiscal. E ela era boa.
Criminalizaram as privatizações. E elas eram boas.
Criminalizaram o Proer. E ele era bom.
Criminalizaram a abertura do país ao capital estrangeiro. E ela era boa.
Criminalizaram os programas sociais, chamando-os de esmola. E eles eram bons.
Não há uma só virtude que se lhes possa atribuir que não decorra de escolhas feitas antes deles — e que trataram aos tapas e, literalmente, aos pontapés.

Construíram a sua reputação desconstruindo a biografia de pessoas de bem. E acabaram se aliando ao que há de mais nefasto, mais degradante, mais atrasado, mais reacionário, mais vigarista na política brasileira. Poucos são hoje os canalhas da República que não estão abrigados sob o seu guarda-chuva, vivendo o doce conúbio da antiga com a nova corrupção. Se algum canalha restou fora do arco, foi por burrice, não por falta de semelhança. Corromperam, aliás, mais do que as relações entre o público e privado. Promoveram e promovem uma contínua corrupção do caráter.

Perceberam — e há uma vasta literatura política a respeito, que faz o elogio da tirania — que o regime democrático tem falhas, tem fissuras, por onde o mal pode se insinuar e prosperar. Corroem o princípio fundamental da igualdade promovendo leis de reparação destinadas a criar clientela, não cidadãos. E essa doença da democracia já chegou ao Supremo Tribunal Federal. Estimulam movimentos criminosos, ditos sociais, ou com eles condescendem, porque isso alimenta a sua mística dita socialista — se o socialismo era essencialmente criminoso, e eu acho que era, para eles é a virtude possível para esconder seus vícios. São os porcos de George Orwell, de quem parecem simular também o cheiro. Para eles, a única coisa feia é perder. E isso significa, então, que pouco importam os meios que conduzem à vitória.

Tentaram comprar o Congresso com o mensalão.
Tentaram fraudar uma eleição com os aloprados.
Tentaram destruir um adversário produzindo falsos dossiês.

Tentam agora aprovar uma reforma política que é um escárnio à decência, ao bom senso, à inteligência, à racionalidade. E tudo porque não estão aí para aperfeiçoar os instrumentos do estado do direito que tornem cada homem mais livre, mais senhor de si, mas independente do estado. Eles querem precisamente o contrário. É por isso que "ele" já se disse o pai do Brasil e anunciou que elegeria a mãe. Não é o amor filial que os move, mas o vocação para o mando. Querem um país de menores de idade: de miseráveis pidões, de trabalhadores pidões, de empresários pidões… Até de jornalistas — e como os há! — pidões! E eles odeiam os que não precisam pedir, rastejar, implorar. Acostumaram-se com os mascates de elogios, que têm sempre um "bom negócio" para arrancar um dinheirinho dos cofres públicos. Compram consciências e consideram que os que não se vendem só podem ter sido comprados pelos adversários. Esqueceram-se de que são eles a bênção para os que se vendem porque sempre podem pagar mais.


Estão em toda parte! São uma legião! Realizam a partir desta sexta-feira um congresso partidário, que se estende até domingo. Aproveitarão a ocasião para fazer um desagravo a um dos seus, aquele que se tornou notável, aos 14 anos, segundo testemunho do próprio, porque roubava as hóstias da igreja. Que têmpera corajosa já se formava ali! Até hoje, ao comungar, lembro da minha meninice e colo o Santo Pão no céu da boca. Temíamos, os muito jovens, que o corpo de Cristo sangrasse. Ainda não entendíamos a Transubstanciação da Eucaristia, mas já tínhamos idade para saber que não se deve roubar. É um dos Mandamentos da Lei de Deus! E deve ser um dos mandamentos da lei dos homens. Em qualquer idade.

O ladrão de hóstias pretende ser hoje um ladrão de instituições cheio de moral e razão. Mais do que isso: quer dar à sua saga uma dimensão verdadeiramente heróica. Se, antes, pretendeu ser o paladino da liberdade contra a ditadura, numa história superfaturada, apresenta-se hoje como o paladino da ditadura contra a democracia. O herói é um lobista de potentados da economia nacional e global e reivindica o direito de ter como subordinados homens de estado — cuja conduta é regulada por princípios de ética pública —, com os quais pretende despachar num governo clandestino, paralelo, que se exerce em quartos de hotel, numa espécie de lupanar institucional.

E vilã, na boca e na pena daqueles que tentaram comprar o Congresso, fraudar eleições e destruir adversários, é a imprensa livre, que faz o seu trabalho, que vigia a coisa pública, que zela pelos bons costumes da República — aqueles consubstanciados na Constituição. Querem censurar a imprensa. Querem eliminar a oposição. Querem se impor pela violência institucional. Como os porcos! Aqueles passaram a andar sobre duas patas para imitar seus antigos inimigos. Estes não têm qualquer receio de andar de quatro, escoiceando vigarices, para homenagear os amigos.

Mas não passarão!
Não passarão porque a liberdade de imprensa lhes diz: "Não, vocês não podem!"
Não passarão porque as pessoas de bem protestam: "Não, vocês não podem!"
Não passarão porque a decência se escandaliza: "Não, vocês não podem!"

E por isso eles estão bravos e mobilizam seus sicários na rede. Começam a perceber que o movimento ainda é tímido, mas é crescente. A cada dia, surgem evidências de que suas mentiras perdem vigor, de que suas falcatruas perdem encanto, de que seus crimes buscam mesmo é o conforto dos criminosos, não o bem-estar da população.

Não, eles não podem!
Não calarão a imprensa livre!
Não calarão os homens livres!
Não calarão os fatos.

Agora é a eles que me dirijo, que leiam direito e escutem bem:
"NÃO, VOCÊS NÃO PODEM!!!"

Entre outras coisas, não podem porque estamos aqui.
Por Reinaldo Azevedo - 02/09/2011 - às 6:55

O tiro no pé do guerrilheiro de araque

Transformar um quarto de hotel em aparelho clandestino é sinal de pouca inteligência. Transformar um endereço no centro de Brasília em esconderijo para tramoias políticas e/ou comerciais envolvendo figurões do governo e do Congresso é prova de indigência mental. Fazer essas coisas simultaneamente só pode ser coisa do companheiro José Dirceu. Como comprova a reportagem de capa da edição de VEJA, ele nunca perde a chance de engrossar a colossal coleção de ideias de jerico inaugurada já nos tempos de líder estudantil.

Em 1968, Dirceu conseguiu namorar a única espiã da ditadura militar. Se quisesse prendê-lo, a polícia poderia dispensar-se arrombar a porta: Heloísa Helena, a "Maçã Dourada", faria a gentileza de abri-la. Ainda convalescia do fiasco amoroso quando resolveu que o congresso clandestino da UNE, com mais de mil participantes, seria realizado em Ibiúna, com menos de 10.000 moradores. Até os cegos do lugarejo enxergaram a procissão de forasteiros.

No primeiro dia, mandou encomendar 1.200 pães por manhã ao padeiro que nunca passara dos 300 por dia. O comerciante procurou o delegado, o doutor ligou para a Polícia Militar e a turma toda acabou na cadeia. Ninguém reclamou: enquanto o congresso durou, todos haviam tentado dormir sob a chuva por falta de tetos suficientes. Incluído no grupo dos resgatados pelos sequestradores do embaixador americano, Dirceu avisou que lutaria de armas na mão contra a ditadura e foi descansar na França.

O lutador exilado empunhou taças de vinho num bistrô em Paris até trocar a Rive Gauche pelo cursinho de guerrilheiro em Cuba. Com o codinome Daniel, aprendeu a fazer barulho com fuzis de segunda mão e balas de festim, submeteu-se a uma cirurgia para deixar o nariz adunco, declarou-se pronto para derrubar a bala o regime militar e, na primeira metade dos anos 70, voltou ao Brasil. Percebeu que a coisa andava feia assim que cruzou a fronteira e, em vez de trocar chumbo no campo, foi trocar alianças na cidade.

Fantasiado de Carlos Henrique Gouveia de Mello, negociante de gado, baixou em Cruzeiro do Oeste, no interior do Paraná, casou-se com a dona da melhor butique do lugar e entrincheirou-se balcão do Magazine do Homem, de onde só saía para dar pancadas em bolas de sinuca no bar da esquina. Em 1979, quando a anistia foi decretada, Carlos Henrique, apelidado de "Pedro Caroço" pelos parceiros de botequim, abandonou a frente de combate municipal, o filho de cinco anos e a mulher, que só então descobriu que vivera ao lado do revolucionário comunista menos belicoso de todos os tempos.

Livre de perigos, afilou o nariz com outra cirurgia plástica, ajudou a fundar o PT e não demorou a virar dirigente. Ao tornar-se presidente, escolheu Delúbio Soares para cuidar da tesouraria. Depois da campanha vitoriosa de Lula, não se contentou com a chefia da Casa Civil: promoveu-se a superministro e monitorou o preenchimento dos milhares de cargos de confiança.

Nomeado capitão do time do Planalto, mandou e desmandou até a explosão do escândalo protagonizado por Valdomiro Diniz, o amigo vigarista com quem dividira um apartamento em Brasília. E então o país descobriu que o herói de Passa Quatro transformara um extorsionário trapalhão em Assessor para Assuntos Parlamentares. Atirado à planície pelo escândalo do mensalão, conseguiu ser cassado por uma Câmara dos Deputados que não pune sequer os integrantes da bancada do PCC.

Sem mandato, com os direitos políticos suspensos e desempregado, descobriu que estava pronto para prosperar com o tráfico de influência. Desde 2005 junta dinheiro como facilitador de negócios feitos por capitalistas selvagens. E hoje é chamado de Jay Dee por patrões que, na hora de tratar os detalhes do acerto, mandam a criançada sair da sala e vão à janela para saber se algum camburão estacionou por perto.

Quem se dedica a tal ofício tem de ser discreto. Dirceu acha possível seguir embolsando boladas de bom tamanho como "consultor" sem abandonar a discurseira contra a elite golpista e a mídia reacionária, sem renunciar à luta pelo controle do PT, sem arquivar a saudade dos tempos de primeiro-ministro, sem despir o uniforme de guerrilheiro de araque. A reportagem de VEJA contou a última dessa flor de esquizofrenia. Logo será a penúltima.

No momento, Dirceu jura que houve uma tentativa de invasão do aparelho clandestino montado em Brasília. Ele também vive jurando que o mensalão não existiu. "Tenho uma biografia a preservar", recitou mais uma vez o chefe do que o procurador-geral da República qualificou de "organização criminosa sofisticada". Aos 65 anos, enquanto o Brasil decente espera que o Supremo Tribunal Federal cumpra o seu dever, o que tem José Dirceu é um prontuário a esconder.

9/08/2011 - às 14:04 - Direto ao Ponto - Augusto Nunes

A independência dos jovens inconformados apavora os cúmplices dos corruptos

Os jovens que articulam na internet dezenas de manifestações de protesto contra a corrupção endêmica já contemplam a face escura das milícias acumpliciadas aos assaltantes de cofres públicos. As patrulhas da canalhice começaram, por exemplo, a comparar o movimento da novíssima geração ao "Cansei" dos dirigentes da Fiesp. Conversa de estelionatário. Os pais do Cansei mataram o filhote no berço, e deixaram de indignar-se com a carga tributária indecente, porque o presidente da entidade, Paulo Skaff, filiou-se ao PMDB e virou parceiro do PT. A exaustão provocada pela roubalheira generalizada não será resolvida com negociações do gênero. Os condutores da movimentação não querem saber do governo nem de partidos de oposição. Não são candidatos a pelegos. O espaço reservado a jovens envelhecidos e envilecidos pelo adesismo já está tomado pela União Nacional dos Estudantes Amestrados, ou UNEA. É o novo nome da velha UNE.

Logo os fabricantes de fraudes, farsas e dossiês vão acusar os manifestantes de servirem à elite golpista, aos capitalistas selvagens, à oposição reacionária e aos loiros de olhos azuis. É essa a estratégia recorrente do grande clube dos cafajestes, que junta a Irmandade dos Órfãos do Muro de Berlim e a Ordem dos Larápios Devotos de Madre Superiora, os comunistas de araque do PCdoB e os jagunços de Fernando Collor. Os comparsas de José Sarney, o último senhor de escravos, não se limitam a proclamar-se "esquerdistas". Também qualificam de "conservadores" os democratas que combatem pela libertação dos maranhenses. Os cúmplices da gangue de empreiteiros acusam de "moralismo udenista" a luta pelo fim da ladroagem sem licitação.

Os jovens que exigem o cumprimento da lei não precisam de tutela, mas não custa recomendar-lhes a adoção de medidas preventivas que silenciarão o berreiro dos milicianos disfarçados de guerreiros do povo. As manifestações devem deixar claro que nenhum corrupto será poupado. As palavras de ordem devem mostrar que gente honesta não tem bandido de estimação. Merecem cadeia todos os responsáveis pelo rombo agora medido em bilhões de reais. A grande bandeira anticorrupção vale para os mensaleiros do PSDB de Minas, os mensaleiros do DEM comandados por José Roberto Arruda, os meliantes do PMDB, os ladrões do PR e demais vigaristas.

Mas o alvo prioritário é a organização criminosa que forjou, sob o comando de José Dirceu, o mensalão descoberto em 2005. Primeiro, por tratar-se do Pai de Todos os Escândalos. Segundo, porque a aproximação do julgamento do bando dos 38 está na origem do pânico dos patrulheiros: eles sabem que a mobilização de milhares de jovens ameaça a impunidade dos gatunos protegidos pelos donos do poder. Os ministros do Supremo Tribunal Federal precisam ouvir o quanto antes a voz rouca das ruas e entender o recado: os meninos do Brasil ainda acreditam que há juízes por aqui. Ainda.

01/09/2011 - às 18:30 - Direto ao Ponto - Augusto Nunes

PT TIRA A VASSOURA DE DILMA E AMEAÇA A MÍDIA COM A CENSURA

Sanatório da Notícia  - 02/09/2011

Quando o PT se reúne, o Brasil sempre sai perdendo. E se o presidente de honra estiver a perigo, então, aí mesmo é que estremecem os alicerces da nação. Neste meio de semana, depois de um concorrido encontro de mensaleiros, aloprados, cuequeiros, escandalosos, fichas-sujas, cassados e outras espécies da mesma fauna e flora, saiu um texto tipo carta aberta, fixando limites para a "faxina" da primeira-presidenta Dilma.

A grande facção que vem balançando a pança e comandando a massa brasileira diz em tom mais de ameaça do que de puxão de orelha que vai "repelir com firmeza as manobras da mídia conservadora e da oposição" na "criminalização generalizada da conduta da base".

Com isso, o ínclito PT dos companheiros bons e batutas que o País conhece, também aproveita a ocasião - como é do seu feitio, sempre que vê uma vitrine por perto - e bota a culpa dos escândalos, da roubalheira, das maracutaias, da sem-vergonhice toda, na "mídia conservadora".

E, de imediato e prontamente, ao invés de processar a mídia, prender e arrebentar, como já determina a Constituição brasileira, resolveu - em desagravo velado ao seu grande guerrilheiro de festim, Zé Dirceu - reviver o sonho dourado de Lula, Franklin Martins, do próprio Dirceu e outros abjetos, que não descansam enquanto não implantarem a censura que chamam de "marco regulatório das comunicações".

Ora, se um repórter da revista Veja, como proclama Zé Dirceu, cometeu o crime de invasão de domicilio e privacidade, basta denunciá-lo na Justiça e aguardar que ele seja condenado e preso com o mesmo senso e agilidade de punição que tem sido dispensado ao processo dos mensaleiros, por exemplo.

Mas, não. O PT quer é mandar na liberdade de crença, de pensamento e de expressão de todos aqueles que não pensam, não falam, não agem e não são e nem querem ser como ele.

E agora faz requebros, usa, abusa e chantageia a própria velha brizolista Dilma - que nunca lhe passou pela garganta - para rabiscar o que está chamando de "resolução política" para colocá-la sob avaliação - com aprovação já garantida - do 4º Congresso Nacional do PT.

No papelucho, o partido defende o que diz serem "medidas moralizadoras" tomadas pela presidenta Dilma Rousseff, mas aproveita para demarcar diferenças e botar a boca no trombone em tom de paranóia.

Lança mais uma terrível teoria de conspiração contra o notável PT: a tentativa de aproximação de setores do PSDB e da "mídia conservadora" em torno da "faxina" ética que, para os mandarins dessa verdade que não tem nada de chinesa, não passa de "um golpe para solapar a base de apoio no Congresso e paralisar o governo".

O documento vai mais longe: tenta igualar Dilma e Lula da Silva no combate aos malfeitos. "Nunca na história deste país a corrupção foi combatida com tanta profundidade e sem protecionismos partidários como nos governos Lula e Dilma", debocha o texto. Não diz, no entanto, que esse combate não foi travado pelos governos Lula e Dilma, mas apenas suportado por eles.

A tarefa de Lula e Dilma nessa batalha tem sido apenas banalizar os escandalos produzidos pelos malfeitores que têm sido nomeados por eles, pelo próprio PT e suas al-Qaedas aliadas. Melhor, "coalizadas".

Quando o PT se reúne, a coisa vai longe. E não foi diferente desta vez. O PT - sem medo de ser feliz e sem qualquer temor de chantagear a própria primeira-presidenta da República - fixa limites ao proclamar que o combate à corrupção "há de ser honrado sem desconstruir o Estado de Direito ou sonegar as garantias individuais. Sem esvaziar a política ou demonizar os partidos, sem transferir acriticamente para setores da mídia que se erigem em juízes da moralidade cívica".

O documento-desabafo-ameaça é desaforado e revela ciúme doentio pelas relações de afeto e amizade explícitas de FHC e Alckmin com Dilma. Diante dessa recente troca de afagos o partido se revela uma espécie de corno brabo e diz o que pensa a respeito desse affair. E manda ver:

"A oposição, apoiada – ou dirigida - pela conspiração midiática que tentou sem êxito derrubar o presidente Lula apresenta-se agora liderando uma campanha de 'apoio' à presidenta Dilma, para que esta faça uma 'faxina' no governo. Mesmo sem credibilidade, omissos que são no combate à corrupção nos seus próprios Estados e muitas vezes coniventes que foram nos governos federais dos quais participaram, esses políticos intentam, dissimuladamente, dissolver a base parlamentar do governo Dilma, a fim de bloquear suas iniciativas e neutralizar seus avanços".

O PT só é mole na hora de arregaçar as mangas para trabalhar. Na hora da discurseira e das elucubrações de planosde poder e elaboração de dossiês, ele é imbatível: o texto deixa mais do que evidente que vai assumir a defesa de integrantes da base aliada denunciados pela imprensa. E bota pra fora a sua mania de perseguição:

"O PT deve repelir com firmeza as manobras da mídia conservadora e da oposição de promover uma espécie de criminalização generalizada da conduta da base de sustentação". É assim que fica muito clara a mudança estratégica de posição do partido em relação ao controle da mídia. E a tudo quanto Dilma recomenda a respeito da matéria.

Se você não está lembrado, Dilma mandou arquivar o projeto do ex-ministro da Comunicação Institucional Franklin Martins sobre o tema, mas agora - esquecido disso, por amnésia inoculada por Lula e Zé Dirceu - o PT decidiu que a saída será o Congresso. É lá, na grande casa de tolerância nacional, que o partido vai tentar aprovaro tal de "marco regulatório" para os meios de comunicação e regulamentar artigos da Constituição ainda pendentes sobre o tema.

A expressão "controle social" da mídia foi abandonada e as manifestações sempre são acompanhadas do repúdio total à censura. Falam do jeito que falam Lula e Zé Dirceu com a boca e o tom azedo de Franklin Martins que, enquanto não conseguir emprego numa redação de jornal ou TV, não sossega o pito.

Em suma, o PT se reuniu para tirar a vassoura da mão da Dilma. A idéia é deixá-la pendurada no cabo do espanador de pó que mal e porcamente serviria para empurrar o lixo para debaixo do tapete.

No fundo, no fundo, mais que isso tudo, o PT está deixando bem claro - mas sempre às escondidas, como de hábito - que prefere Lula como candidato à presidência em 2014.

Não demora nada, Dilma não vai ter nem tapete para esconder a sujeira que lhe foi deixada de herança pelos dois governos anteriores a este mandato que ainda nem começou e já está terminando, cutucado ferozmente não pelas bicadas dos tucanos e do resto da pífia oposição, mas pelas repetidas e dolorosas punhaladas nas costas desferida pelo PT honradamente presidido por Lula, o que não desencarna do poder.

Fonte: Sanatório da Notícia

O remédio contra Lula. Ou: Ameaças de morte

Há muito tempo não recebia tantas ameaças de morte — acontece todo dia, saibam — como voltei a receber hoje, por causa daquele texto da madrugada. Leitores me enviam comentários publicados em alguns blogs, sites e afins que são de arrepiar. É claro que alguns ditos "colunistas" estão dando corda, como sempre. A eliminação do adversário, considerado um inimigo, passou a ser um valor no país. Lula ajudou a cultivar esta, digamos, metafísica. Sua prática política é pautada por um permanente assassínio da história e da biografia política de seus opositores. Note-se à margem que ele também tem o dom de ressuscitar moribundos, como sabe José Sarney.

E por que essa gente fala em "morte" com tanta desenvoltura? Bem, porque sua moral comporta — não faz tempo, um desses "intelectuais" de esquerda escreveu um texto em que o terrorismo era tratado como expressão política legítima. Embora sejam bestas morais e éticas, têm ao menos conhecimento do certo e do errado. Ameaçam-me, mas atribuem a mim a responsabilidade pelo molestamento, entenderam? Afinal, dizem, no texto da manhã, eu teria defendido golpe de estado e, o que é espantoso!, até mesmo a eliminação física de Lula. Logo, quem tem de ser eliminado sou eu! Não é fantástico?

O remédio contra Lula é a democracia e a democratização da sociedade. Acreditam na morte como resposta para conflitos os que mataram Celso Daniel, os que mataram Toninho do PT, de Campinas, os que mataram milhões de adversários história adentro. O meu papo é de outra natureza. Alguns bostalhões que vêm me dar aula de democracia nunca levantaram a bunda do sofá para combater a ditadura, enquanto eu tomava algumas borrachadas. Abordo pouco essa questão porque isso, por si, não torna ninguém certo ou errado. Mas há as pessoas que têm uma trajetória comprometida com as liberdades públicas e há as que não têm; há as que estão sempre alinhadas com a defesa da liberdade de expressão, e há aquelas que modulam essa defesa segundo os interesses a que atendem na hora.

O petismo empobreceu dramaticamente o debate político no Brasil, inclusive no terreno da esquerda. Se digo que Lula é o nome da doença política, é evidente que não bastaria eliminá-lo, ainda que isso fosse moralmente aceitável (não é!), para que tudo estivesse resolvido. Ele não se resume ao homem que é; representa um conjunto de procedimentos; simboliza uma forma de ver a política; expressa uma visão das relações do estado com a sociedade. Fez-se um emblema, cheguei a usar esta expressão, do não-republicanismo.

Lula é o símbolo da farsa moral — e ética — segundo a qual, em nome da promoção da igualdade, tudo é permitido. E não é!

Não! Eu não imagino qualquer outra maneira de combater o lulo-petismo que não seja pela via eleitoral. Eles podem, ainda que apenas retoricamente (tomara que seja só isso!), me querer morto; eu só os quero derrotados nas urnas. Mas também cobro que as LEIS DEMOCRÁTICAS QUE ESTÃO EM VIGÊNCIA SEJAM APLICADAS. Quando lembro que Lula, na presidência da República, mudou uma lei só para permitir a fusão de duas empresas de telefonia e que o BNDES decidiu financiar a operação antes mesmo da existência da tal lei — comprometendo-se, pois, com uma operação ainda ilegal —, eu me dou conta do grau de esculhambação legal e institucional a que chegamos.

As próprias instituições foram contaminadas pelo "espírito companheiro". E isso tem de ser permanentemente denunciado. Lula é o nome da doença porque é o fundador de uma espécie de nova aristocracia, à qual tudo é permitido, com privilégios que se estendem à descendência. Renovou o que há de mais nefasto entranhado na cultura política brasileira: a desigualdade dos homens perante a lei — com a diferença de que essa desigualdade que ele cultiva seria uma forma de resistência. Essa cultura já chegou ao Supremo!
Qual o remédio contra o que Lula simboliza? O aprimoramento dos mecanismos da democracia representativa e a aplicação das leis previstas na democracia, tudo o que os vagabundos dos mais diversos matizes ideológicos, hoje pendurados nas tetas do estado, não querem: no capital, no trabalho, na academia, no subjornalismo, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapé (é a variante paulista, também admitida, de "sapê").

Eu quero é democracia. E combato a canalha que decide usar o regime democrático para solapá-lo. O nome da doença é Lula.
Por Reinaldo Azevedo




Com mandato também!



Culpada inocente - de Augusto Nunes

“Fizeram isso comigo, com minha honra, e mais uma vez me calei. Venho agora quebrar esse silêncio. Sofri e vi minha família sofrer comigo. Em 2006, eu era uma cidadã comum, não era deputada, não era funcionária pública”.

Jaqueline Roriz, deputada federal do PMN do Distrito Federal, absolvida na Câmara depois de ser filmada recebendo dinheiro do vigarista Durval Barbosa, mentor do mensalão do DEM, ensinando, mais uma vez, que um político sem mandato no Congresso pode roubar impunemente.