“Colarinhos-Sangrentos” - Bem apropriado, assassinos de mãos limpas!

Os “Colarinhos-Sangrentos”
Existem “serial killers” e existem “mass murderers”.
Assassinos em série e assassinos de massa.
E existem os corruptos que roubam o dinheiro do Estado, chamados “colarinhos-brancos”.
Serial killers são horrendas deformações dessa obra magnífica que é a mente
humana.
Quando descobertos, e presos, julgados, condenados, geralmente sabe-se a extensão de seus crimes, quantas pessoas mataram, como, onde.
Se tudo corre bem, encerram-se suas trajetórias macabras.
Ed Gein, Ted Bundy ou o Maníaco do Parque, Francisco Pereira, são exemplos.
Assassinos de massa são bombas psíquicas que explodem em raiva e loucura e
massacram inocentes – como Anders Breivik, o norueguês fascista, ou os garotos de
Columbine ou Charles Whitman, o atirador da torre de Austin.
Seus efeitos maléficos também são mensuráveis e limitados.
A terceira categoria, os “colarinhos-brancos” são uma espécie de cônjuge infiel
desta cônjuge complacente que é a sociedade.
Essa terceira categoria criminosa arma trampolinagens, falcatruas, mutretas,
golpes. Frauda, burla, desvia, suborna e é subornada. Tudo com dinheiro público.
Quando exposta, os nomes que nela se encaixam borram capas de jornais e sujam
horários nobres de rádio e televisão durante certo tempo.
Depois, brandamente, os mesmos nomes vão se reintegrando à vida nacional.
Seus “feitos” vão sendo esquecidos.
Nem buscam a sombra: voltam à vida nacional pública, alguns são mesmo eleitos ou reeleitos, outros integram ou orbitam órgãos oficiais.
Voltam com ar desafiador ou ar comovente (ou ambos) de injustiçados.
Põem a culpa na imprensa e pedem controle sobre ela.
E a sociedade, cônjuge complacente, perdoa e aceita.
Os “colarinhos-brancos” deveriam ser chamados de “colarinhos-sangrentos”.
O que fazem, sem sujar – literalmente, claro – as mãos, resulta nas mortes de dezenas, centenas, milhares, ou dezenas ou centenas ou milhares de milhares de brasileiros.
São mais que “serial killers” e “mass murderers”.
São genocidas.
Cada centavo que roubam dentro da estrutura do Estado vai resultar na falta do
remédio que dona Fulana esperará e não receberá, lá na ponta, na fila do atendimento
público, a tempo de salvar sua vida.

Fonte: ZH | 04 de setembro de 2011 | N° 16815
PAULO SANT’ANA | CYRO S. MARTINS Fº - INTERINO


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