Ambigüidade do Governo - O Perigo na economia - Um cenário para a Terceira Guerra

Comentário da Semana de Gelio Fregapani
Assuntos : Ambigüidade do Governo; Economia e Um Cenário para Terceira Guerra.

Ambigüidade do Governo
Para o julgamento da História - Lula visita Jirau e diz que Brasil não abrirá mão de auto-suficiência na produção de energia
O governo Lula emite sinais contraditórios; busca uma política exterior independente e cede às exigências absurdas da Bolívia; afrouxou-se às exigências das ONGs no caso da Raposa e as enfrenta nas hidrelétricas do rio Madeira. Apóia o direito do Irã ao programa nuclear, mas aceita aplicar-lhe as sanções da ONU.
O que terá levado o Lula a concordar com as sanções, sabendo que o próximo alvo é o nosso País? É óbvio que cedeu a pressões. O governo não ignorou a visita de três emissários do Departamento de Estado, eficientes em levar a ameaça ao Governo, a Indústria e Entidades Bancárias. Certamente contaram com o reforço dos internacionalistas da época FHC – veja-se o artigo de José Goldemberg, na revista “Época”
De fato, o Lula parece querer o bem do País, mas falta-lhe coragem para enfrentar os obstáculos. Conseguiu, depois de afastar a Marina, levar adiante as hidrelétricas do rio Madeira. Estas já são irreversíveis. Entretanto o capital internacional se mobiliza para evitar a construção da usina de Belo Monte. A luta será dura. Terá o Lula coragem de enfrentar? E quanto ao asfaltamento da rodovia 163, no Pará, que poupará 30 dólares de frete por tonelada de soja, demonizada pelos ambientalistas do mundo?
O que está feito, certo ou errado, está feito, mas neste final de governo veremos se o Lula criou coragem ou não. Até agora, na maior parte do tempo se acovardou.


O Perigo na economia
Desde o Plano Real de 1994, nossos governos têm adotado a política de valorização artificial da moeda . O objetivo é o do barateamento das importações com o conseqüente controle dos preços. Essa política mata a produção nacional e incentiva às indústrias estrangeiras. Com a supervalorização do Real face às moedas de nossos parceiros comerciais, as tarifas de 12% deixaram de ser o obstáculo natural e jurídico de proteção à indústria nacional.
É um verdadeiro incentivo às importações, único num mundo pautado pelo protecionismo. Exportadores estrangeiros descobrem no Brasil a terra prometida: O país subsidia as vendas deles no nosso próprio mercado interno. Incrível!, Nosso povo aprende a comprar produtos estrangeiros e que é mais barato viajar para férias no exterior do que conhecer o próprio País. A atividade industrial deixa de crescer. O país se desindustrializa. Vejam o anexo sobre Alexander Hamilton
Com a deterioração das contas aumentarão as taxas de juros e diminuirão as reservas externas. Teremos em seguida o já conhecido fenômeno de uma máxi-desvalorização do Real, com todas suas nefastas conseqüências.

Apenas considerações
Há quem afirme que temos demasiados parlamentares. A verdade é que temos mais deputados federais do que os Estados Unidos. Precisamos realmente de tantos? De tentos deputados estaduais? Da multidão de vereadores?
A resposta cada um o fará. Concentrar-me-ei no que me parece mais claro: o número de senadores. São três por estado. Ao contrário dos deputados, que representam o grupo que os elegeu, os senadores deveriam representar o seu Estado, mas como são três, terminam por cada um representar apenas uma facção. Nenhum deles pode dizer que seu Estado quer isto ou não quer aquilo.
Parece-me óbvio que deveríamos ter um só senador representando cada Estado. Também é lógico que tem que estar afinado com o governador, pois seu posicionamento representará o posicionamento do Estado, como um todo. Talvez o mais correto seria que fosse nomeado por seu governador e pudesse inclusive ser substituído por ele. Para dar maior legitimidade poderia ser escolhido forçosamente entre os deputados estaduais;.
Isto seria realmente vantajoso? Certamente a representação estadual seria mais autêntica. Em termos de economia pode até ser significativo, mas não é o mais importante. Para ter uma idéia, um senador custa cerca de um milhão e seiscentos mil por ano, sem contar as passagens aéreas e outras mordomias.
Parece irrealizável? Certamente, mas quem sabe um dia a idéia não cola.

Situação Mundial - Um cenário para a Terceira Guerra
O grupo financeiro internacional tem como principal braço armado os EUA, no auge do poder militar, ao mesmo tempo em que sua economia depende cada vez mais desse poder para manter de pé a estrutura que lhes permite sobreviver. A razão de qualquer força é dar respaldo aos objetivos dos povos, ou ao menos dos governos que os lideram. Quando a simples ameaça de uma força esmagadora resolve a divergência em favor de seus interesses vitais do mais forte, a força terá cumprido sua tarefa sem lutar. Haverá paz – mas dificilmente haverá justiça.
Não se sabe que conluios levaram a Rússia e a China a, aprovando a resolução das sanções, desistir de seus negócios no Irã. Difícil que tenha sido por um acordo vantajoso. Mais provável que tenha sido ameaças convincentes. Talvez o mesmo tenha ocorrido com o nosso governo.
Por vezes, seja por emoção, fanatismo ou desespero, um grupo decide desafiar a força esmagadora. Um previsível ataque por parte dos EUA, da OTAN e de Israel contra o Irã a ser desencadeado antes do Irã conseguir armas nucleares (depois seria improvável), e haveria o cuidado de não transformá-la em guerra mundial pois a preocupação mais séria dos EUA (e do sistema financeiro internacional) parece ser com a China, que desenvolve armas que poderiam obstruir a capacidade dos navios de guerra americanos de operar em águas internacionais; essas armas incluem mísseis de precisão de longo alcance e uma crescente frota de submarinos.caçadores de submarinos.
No contexto iraniano, as consequências devastadoras de uma guerra são banalizadas ou simplesmente não se mencionam. Alardeia-se que crise “real” que ameaça a humanidade é o “aquecimento global” e não uma guerra local. O contexto atual se caracteriza por uma acumulação militar global controlada por uma superpotência mundial que está utilizando seus aliados para desencadear guerras regionais. Estamos falando de um desenho militar mundial cuidadosamente coordenado e controlado pelo Pentágono, com a participação de forças armadas combinadas de mais de quarenta países. A humanidade está numa encruzilhada perigosa. Os preparativos de guerra para atacar o Irã estão em estágio avançado. Sobre o tabuleiro de xadrez está a opção de guerra para salvar a economia em crise insolúvel por outro processo, mas elas só serão desencadeadas se a vitória anglo-americana estiver garantida. Aguardemos.
Como fica o nosso País nesse cenário?Fica pronto para perder as jazidas de minérios estratégicos com a independência das “nações” indígenas e o petróleo do pré sal por simples ameaças, se não nos prepararmos antes

Que Deus guarde a todos vocês
Gelio Fregapani
ANEXO Aprendendo com um Americano ==>> Link
Fonte: DefesaNet

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